Há alguns meses eu estava almoçando no México, e uma amiga – Cristina Belloni – fez um comentário:
- “Acho que Deus não me escuta mais, porque vivo enchendo a paciência dele”.
Todos os que estavam na mesa, riram. De minha parte, acho que Deus escuta sempre, não importa quantas vezes pedimos alguma coisa. Entretanto, o comentário de Cristina me fez lembrar uma história, narrada pelo jesuíta Anthony de Mello em seu livro “O Enigma do Iluminado”:
- “Acho que Deus não me escuta mais, porque vivo enchendo a paciência dele”.
Todos os que estavam na mesa, riram. De minha parte, acho que Deus escuta sempre, não importa quantas vezes pedimos alguma coisa. Entretanto, o comentário de Cristina me fez lembrar uma história, narrada pelo jesuíta Anthony de Mello em seu livro “O Enigma do Iluminado”:
A história dos dois videntes
Pressentindo que seu país em breve iria mergulhar numa guerra civil, o sultão chamou um dos seus melhores videntes, e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava viver.
- “Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante para ver todos os seus filhos mortos”.
Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferira palavras tão aterradoras. Então, a guerra civil era realmente uma ameaça! Desesperado, chamou um segundo vidente.
- “Quanto tempo viverei”? – perguntou, procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situação potencialmente explosiva.
- “Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa, que ultrapassará a geração dos seus filhos, e chegará a geração dos seus netos”.
Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata. Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o vidente:
- Você disse a mesma coisa que o adivinho anterior. Entretanto, o primeiro foi executado, e você recebeu recompensas. Por quê?
- Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz. Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, não esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel.
Pressentindo que seu país em breve iria mergulhar numa guerra civil, o sultão chamou um dos seus melhores videntes, e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava viver.
- “Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante para ver todos os seus filhos mortos”.
Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferira palavras tão aterradoras. Então, a guerra civil era realmente uma ameaça! Desesperado, chamou um segundo vidente.
- “Quanto tempo viverei”? – perguntou, procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situação potencialmente explosiva.
- “Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa, que ultrapassará a geração dos seus filhos, e chegará a geração dos seus netos”.
Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata. Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o vidente:
- Você disse a mesma coisa que o adivinho anterior. Entretanto, o primeiro foi executado, e você recebeu recompensas. Por quê?
- Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz. Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, não esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel.
Paulo Coelho
10 comentários:
lindo !!! adorei ...
por que o segredo não está no que você diz mas na maneira que como diz!!! um grande conselho .
abraços
Miele....dolcezza al naturale!!!ciao
maria estou seguindo de novo. perdi o outro dominio e criei este outro. abraços lamarque
Que linda história. Não leio muito Paulo Coelho, puro preconceito, pois outro dia vi uma entrevista com ele e derrubou muita coisa que eu achava dele. Muito sensato e inteligente.
Quanto à história, aprendi muito cedo a importância das palavras. Elas podem construir, assim como o contrário. Tanto a falada como a pensada.
Um beijo, querida!!
Concordo plenamente " Deus Sempre nos escuta " e o pensa mento do livro de Paulo Coelho é perfeito Parabéns Pedro Pugliese.
Gostei muito do teu blog, vou te seguir.
Bjs desde Argentina.
HD
Totalmente verdadeiro e tocante!
Bjos XD
Paulo Coelho é um bom arqueiro
sabe adoçar a ponta da flecha
para ferir docemente
as vezes não da certo
temos que atirar os dardos
e as flores não estão por perto
e muita das vezes
para conseguir o mel
somos flechados pelas setas
das abelhas
não tinha o que poetar
versejei estas coisas
Luiz Alfredo - poeta
Vim te deixar um beijnho!! dia lindo, repleto de luz!!
Olá Mari@
É uma verdade verdadeira.
É por isso que existem meias palavras, falando por entre linhas.
Uma boa noite
Lua Singular
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